Hot Pants!

A peça foi a estrela das passarelas do verão europeu e, em seguida, das catwalksbrasileiras, que não se cansaram de mostrar os hot pants em tudo o que é versão: com cintura alta, mais alta, ainda mais alta; ultracurto, curto, menos curto. De Chanel a Prada e de Ronaldo Fraga a Salinas, os hot pants estavam por toda a parte. Mas será que vão chegar às ruas?
“Esta é uma tendência totalmente de passarela", afirma Maria Prata, editora de moda da Vogue Brasil. "Mas há duas possibilidades para vê-la nas ruas: a primeira é em fashionistissíssimase a segunda, na praia”, opina. Há quem diga que a peça pode ir parar em outras calçadas – as do Rio de Janeiro, de preferência: “O hot pant é bem verão, balneário. Tem muito a ver com o clima do Rio – mas é preciso ter pernas absolutamente incríveis para usar”, afirma Rogério S., stylist carioca.
Problema para encontrar a peça ninguém vai ter, já que ela vai ser produzida por muitas marcas. “Dá até pra comprar o short do Tchan, que já existe há muito tempo, só que com cintura baixa”, brinca Maria. Para não correr o risco de se apropriar da (má) herança de Carla Perez, melhor se garantir investindo em um modelo bem cortado/estampado/colorido. E também adaptar a tendência para a vida real. “É uma boa peça para fotografar em editorial, mas terrível para a rua. Quem usa precisa ter uma boa noção de moda para combiná-lo”, diz o stylist Maurício Ianês, de São Paulo. E que fique de olho no relógio: “O hot pant deve sair de casa mais à noite”, ensina.

Na prática
Seguindo a recomendação do expert – e num incrível esforço de reportagem –, o Chic correu para testar o hot pant na noite paulistana, antes mesmo de o calor chegar. E quem testou foi esta repórter que você lê. 
Estrategicamente coberta por um sobretudo bem longo e usando por baixo uma meia-calça fio 80 (para os meninos: muito opaca), fui caminhando até o local onde encontrei a desculpa perfeita para usar a peça: a casa noturna da qual sou hostess. Lá, fiquei o máximo que pude atrás da mesa, escondida, sempre pedindo para que as pessoas pegassem coisas para mim. Até que o segurança da casa me convenceu a circular – isso, e o fato de que eu precisava ir ao banheiro há algum tempo. 
E fui. E adorei usar. E todo mundo adorou. E foi adorável tudo aquilo. Mas voltei para casa, é claro, de sobretudo. Meu veredicto? Achei a coisa mais normal do mundo. Minha conclusão? As brasileiras usam as mínis mais mínis de que se tem notícia e os biquínis mais ousados de todos. Mas, ainda assim, os hot pants chamam muita, mas muita atenção por onde passam – é bom avisar.

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